1 agosto, 2021
Na edição nº 91 do programa Estrela da Manhã iniciamos um novo périplo pelas Jornadas Mundiais da Juventude, conhecendo os Hinos que acompanharam as edições das JMJ de Roma (85), Buenos Aires (87), Santiago de Compostela (89), Czestochowa (91), Denver (93), Manila (95), Paris (97) e Roma (2000). |
Esquema de Celebração Familiar para Viver o Domingo do Pentecostes
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Eventos | Cartazes 2020
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Fundão, 17 de dezembro de 2016
Informação à Paróquia e à cidade do Fundão
Informação à Paróquia e à cidade do Fundão
- Este ano a Paróquia não autorizou o concerto de Natal da Academia de Música e Dança da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, na Igreja Matriz e disponibilizou-se, de imediato, para uma reunião com a Mesa Administrativa da mesma Santa Casa para explicar e refletir as razões.
- O Sr. Provedor entendeu não promover essa reunião/diálogo e marcou para outro lugar esse concerto.
- Perante os mal entendidos que circulam sobre o assunto, informa-se a Paróquia e a Cidade do seguinte:
- A Igreja Matriz não pode servir apenas nem principalmente para palco de espetáculos, embora possa acolher concertos desta natureza, desde que respeitem as normas superiormente estabelecidas.
- A Academia de Música e Dança não respeitou as normas litúrgicas que lhe foram antecipadamente comunicadas aquando da celebração dos 500 anos da Misericórdia, em junho passado.
- Espera-se uma cooperação regular da Academia de Música e Dança com a Paróquia nas celebrações litúrgicas dominicais, o que não tem acontecido.
- Uma vez dialogados estes assuntos, havendo entendimento e boa vontade, voltará a ser possível acolher de novo os concertos de Natal (ou outros promovidos pela Academia de Música e Dança) na nossa Matriz.
PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS DA PARÓQUIA DO FUNDÃO NAS JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE
O departamento da Pastoral Juvenil da diocese da Guarda vai levar mais de uma centena de jovens à Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Madrid entre 16 e 21 de agosto. A diocese da Guarda
vai também marcar presença através da Banda Jota, grupo musical católico oriundo da diocese, que na manhã do dia 18 dá um concerto e apresenta a oração matinal durante o encontro entre os mais de 10 mil portugueses inscritos na Jornada e cerca de duas dezenas de bispos do episcopado nacional.
Também a nossa paróquia terá uma representação de jovens nestas Jornadas Mundiais da Juventude
O departamento da Pastoral Juvenil da diocese da Guarda vai levar mais de uma centena de jovens à Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Madrid entre 16 e 21 de agosto. A diocese da Guarda
vai também marcar presença através da Banda Jota, grupo musical católico oriundo da diocese, que na manhã do dia 18 dá um concerto e apresenta a oração matinal durante o encontro entre os mais de 10 mil portugueses inscritos na Jornada e cerca de duas dezenas de bispos do episcopado nacional.
Também a nossa paróquia terá uma representação de jovens nestas Jornadas Mundiais da Juventude
Igreja/Cultura:
«O pior que pode acontecer» é quando«a cruz se torna ornamento»
Sexta-feira Santa só se pode compreender com o domingo de Páscoa, considera padre José Tolentino Mendonça

Lisboa, 19 abr 2011 (Ecclesia) – O responsável pela relação da Igreja Católica em Portugal com o mundo da cultura, padre José Tolentino Mendonça, teme que a cruz, principal símbolo dos cristãos, perca o seu significado e se torne num adereço decorativo.
“A cruz é uma linguagem paradoxal e também uma interpelação. O pior que pode acontecer é quando ela se torna ornamento, quando a trazemos ao peito como trazemos um outro símbolo qualquer a que não damos importância”, afirmou à ECCLESIA.
A banalização daquele símbolo estende-se também aos fiéis: “Hoje os cristãos continuam a fazer a cruz sobre o seu corpo, e muitas vezes fazem-no de forma mecânica. Isso é triste porque é diminuir e dispersar o seu sentido de levantamento”, acrescentou.
O biblista recordou a dimensão “paradoxal”e “ambígua” da cruz, ligada à “história de sofrimento e rejeição que Jesusprotagoniza” e o “dom que ela exemplifica e testemunha”, uma dupla vertente especialmente patente na sexta-feira Santa, data em que os cristãos evocam a crucificação de Cristo.
Para o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, a cruz “é o símbolo da radicalidade do gesto cristão”, que Jesus exprimiu ao estar “disposto a ir até ao fim”, manifestando “um amor incondicional” que “vai ao extremo de si na lógica dodom”.
A par do significado da cruz como “árvore da vida”, coexiste o “sentido do homicídio, da máquina torcionária que massacra o justo”, tornando-se então “denúncia de todos os processos que conduzem à violência e à injustiça”.
O poeta considera que “os grandes opositores da mensagem cristã”, mais do que “grupos humanos”, são o sofrimento da vítima, a fome, o injustificável, o irreparável da violência e da guerra” e o “manto de egoísmo” que se estende na sociedade.
As implicações da morte de Cristo só se podem compreender plenamente com a ressurreição: “O mistério da cruz não acaba nela – transcende-a e vence-a. Jesus é vencido e é vencedor, é triunfador da cruz precisamente porque há a manhã de Páscoa, porque há essa insurreição que ela representa”, referiu.
Depois de precisar que a ressurreição “é o inédito de Deus”, Tolentino Mendonça assinalou que ela “estilhaça as certezas humanas” e as convicções obtidas a partir dos “sentidos” e da “racionalidade”.
A ressurreição contraria “a vitória fatal que a morte parece ter sobre a história humana e sobre as nossas histórias”,sublinhou o sacerdote madeirense.
PTE/RM
“A cruz é uma linguagem paradoxal e também uma interpelação. O pior que pode acontecer é quando ela se torna ornamento, quando a trazemos ao peito como trazemos um outro símbolo qualquer a que não damos importância”, afirmou à ECCLESIA.
A banalização daquele símbolo estende-se também aos fiéis: “Hoje os cristãos continuam a fazer a cruz sobre o seu corpo, e muitas vezes fazem-no de forma mecânica. Isso é triste porque é diminuir e dispersar o seu sentido de levantamento”, acrescentou.
O biblista recordou a dimensão “paradoxal”e “ambígua” da cruz, ligada à “história de sofrimento e rejeição que Jesusprotagoniza” e o “dom que ela exemplifica e testemunha”, uma dupla vertente especialmente patente na sexta-feira Santa, data em que os cristãos evocam a crucificação de Cristo.
Para o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, a cruz “é o símbolo da radicalidade do gesto cristão”, que Jesus exprimiu ao estar “disposto a ir até ao fim”, manifestando “um amor incondicional” que “vai ao extremo de si na lógica dodom”.
A par do significado da cruz como “árvore da vida”, coexiste o “sentido do homicídio, da máquina torcionária que massacra o justo”, tornando-se então “denúncia de todos os processos que conduzem à violência e à injustiça”.
O poeta considera que “os grandes opositores da mensagem cristã”, mais do que “grupos humanos”, são o sofrimento da vítima, a fome, o injustificável, o irreparável da violência e da guerra” e o “manto de egoísmo” que se estende na sociedade.
As implicações da morte de Cristo só se podem compreender plenamente com a ressurreição: “O mistério da cruz não acaba nela – transcende-a e vence-a. Jesus é vencido e é vencedor, é triunfador da cruz precisamente porque há a manhã de Páscoa, porque há essa insurreição que ela representa”, referiu.
Depois de precisar que a ressurreição “é o inédito de Deus”, Tolentino Mendonça assinalou que ela “estilhaça as certezas humanas” e as convicções obtidas a partir dos “sentidos” e da “racionalidade”.
A ressurreição contraria “a vitória fatal que a morte parece ter sobre a história humana e sobre as nossas histórias”,sublinhou o sacerdote madeirense.
PTE/RM
HOMILIA DO BISPO DA GUARDA-MISSA CRISMAL

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me enviou para anunciar a Boa Nova aos infelizes, a curar os corações atribulados ... a proclamar o ano da graça do Senhor ... a consolar todos os aflitos”. É esta a Boa nova que o profeta acaba de nos
anunciar e nela conclui: “Por isso, sereis chamados sacerdotes do Senhor” ou também “ministros do nosso Deus”.
Todos os anos, na Missa Crismal de Quinta-Feira Santa, que é o grande momento do nosso encontro como Presbitério, escutamos esta passagem do Profeta Isaías. Nela está o anúncio antecipado da
missão salvadora de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isso mesmo nos diz o Evangelho de S. Lucas, quando coloca Jesus a ler esta passagem bíblica, numa das regulares assembleias semanais realizadas na Sinagoga e termina com palavras do mesmo Jesus, a dizer: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.
Podemos dar mais um passo e relembrar quer, na missão de Cristo hoje descrita pelo Evangelho de Lucas com palavras de Isaías, está definida a nossa missão de sacerdotes do Senhor e ministros do nosso Deus, para retomar as expressões do profeta.
Por isso, quando hoje renovarmos, dentro de momentos, as nossas promessas sacerdotais, é esta a grande referência que queremos conservar na nossa memória. Todo o nosso ser de sacerdotes e a
missão que nos está confiada têm uma única fonte. Essa fonte é a unção do Espírito Santo, que pousa sobre cada um de nós permanen¬te¬mente. E pousa sobre cada um de nós para nos enviar, sendo a razão e o conteúdo deste envio os mesmos que teve o envio de Jesus Cristo pelo Pai. Como Jesus e na profunda união com Ele, somos, de facto, enviados para anunciar a Boa Nova, curar os
corações atribulados, para consolar todos os aflitos. Sermos rosto visível do coração bondoso e misericordioso de Deus é, assim, o essencial da nossa missão. E se tudo o que fizermos não conduzir para aqui, não cumprimos a nossa missão, por mais que esgotemos as nossas forças físicas e anímicas.
A grandeza da missão que nos está confiada desde a nossa Ordenação Sacerdotal enraíza, assim, na unção do Espírito Santo e na profunda identificação com Cristo, Sacerdote e Pastor do Seu Povo. Dar-lhe cumprimento na nossa existência quotidiana, pessoal e comunitária, encontra dificuldades, como todos nós experimentamos diariamente. Dificuldades que nos são impostas do exterior, umas; e outras que derivam também das limitações e fragilidades próprias de cada um de nós. Há, de facto, dificuldades que nos são impostas pelas circunstâncias da vida actual. E sentimos que se repete para nós o aviso do próprio Cristo aos seus discípulos, quando os enviou a pregar e lhes disse:
“Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos”. Estamos, de facto, num mundo, que olha para a Igreja com desconfiança e para os padres com mais desconfiança ainda. É um mundo fortemente crítico da Igreja e do nosso ministério no qual vigora a indiferença em relação a Deus, insensibilidade relativamente às realidades espirituais e mesmo a oposição declarada aos valores do Evangelho.
Para vivermos num mundo assim, nós padres temos de aprender a conviver com a indiferença e a incompreensão, com a oposição e a rejeição, com o desprezo e a ingratidão, com o insucesso e o fracasso, unicamente escudados na certeza da Fé e no exemplo do nosso mestre Jesus Cristo, onde se cruzaram também todas estas realidades e contradições.
Mas as dificuldades vêm também de nós mesmos, que somos limitados e em muitos pontos tocados pela fragilidade que é comum a todos os seres humanos. Por isso, temos também de aceitar e completar, com a cooperação dos outros, as nossas limitações e aprender a superar as nossas fraquezas tanto as de ordem física como as de ordem espiritual. Precisamos de uma saúde forte e completa, que envolva todas as dimensões do nosso ser humano; e temos de a cultivar com recurso aos meios, sendo o mais importante de todos eles a nossa espiritualidade sacerdotal. A nossa espiritualidade sacerdotal tem sempre a sua fonte e o seu ambiente no Presbitério e a única razão disso mesmo é porque o Senhor assim o quer. Daí que seja fundamental a relação de proximidade e verdadeira cooperação entre todos nós sacerdotes, sabendo que para isso é necessário que cada um de nós cresça todos os dias na capacidade de ajudar os outros e também de se deixar ajudar por eles.
Só com uma espiritualidade sacerdotal assim, devidamente enraizada e fortalecida na relação com o Senhor Ressuscitado e único Bom Pastor, os nossos compromissos de celibato podem ganhar toda a transparência e valor acrescentado para serviço do Reino de Deus. Só essa mesma espiritualidade
sacerdotal poderá dar sentido à obediência que prometemos na nossa Ordenação que tem de ser sempre compreendida como participação na obediência de Cristo à vontade do Pai que nos envia para anunciar o Evangelho da Salvação ao mundo de hoje. E também só desta relação forte com o Senhor Ressuscitado pode derivar aquela sabedoria que nos ensina a usar os bens materiais necessários sem em nada ficarmos depen¬dentes deles, dando assim cumprimento ao verdadeiro espírito de pobreza, que tem de marcar o nosso estilo de vida sacerdotal.
Ao contemplarmos, na Pessoa de Cristo Ressuscitado e único Bom Pastor, a grandeza do nosso Ministério e também os caminhos para superarmos as dificuldades que lhe são inerentes, queremos dar graças a Deus pelos sacerdotes do nosso Presbitério que completam, ao longo deste ano, os seus jubileus sacerdotais de 70, 60 e 50 anos de serviço à Igreja, no exercício do Ministério. [...]
Pela nossa parte, queremos dar-Lhe graças por todo o bem que foi e continua a ser feito pela acção pastoral que eles desenvolveram e continuam a desenvolver. E, assim, julgamos interpretar os mais genuínos sentimentos de todo o Povo de Deus e em particular do nosso Presbitério. Que Deus os continue a cumular das Suas graças e bênçãos, na certeza de que o nosso sacerdócio, sendo participação do mesmo sacerdócio de Cristo, é para sempre.
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda
anunciar e nela conclui: “Por isso, sereis chamados sacerdotes do Senhor” ou também “ministros do nosso Deus”.
Todos os anos, na Missa Crismal de Quinta-Feira Santa, que é o grande momento do nosso encontro como Presbitério, escutamos esta passagem do Profeta Isaías. Nela está o anúncio antecipado da
missão salvadora de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isso mesmo nos diz o Evangelho de S. Lucas, quando coloca Jesus a ler esta passagem bíblica, numa das regulares assembleias semanais realizadas na Sinagoga e termina com palavras do mesmo Jesus, a dizer: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.
Podemos dar mais um passo e relembrar quer, na missão de Cristo hoje descrita pelo Evangelho de Lucas com palavras de Isaías, está definida a nossa missão de sacerdotes do Senhor e ministros do nosso Deus, para retomar as expressões do profeta.
Por isso, quando hoje renovarmos, dentro de momentos, as nossas promessas sacerdotais, é esta a grande referência que queremos conservar na nossa memória. Todo o nosso ser de sacerdotes e a
missão que nos está confiada têm uma única fonte. Essa fonte é a unção do Espírito Santo, que pousa sobre cada um de nós permanen¬te¬mente. E pousa sobre cada um de nós para nos enviar, sendo a razão e o conteúdo deste envio os mesmos que teve o envio de Jesus Cristo pelo Pai. Como Jesus e na profunda união com Ele, somos, de facto, enviados para anunciar a Boa Nova, curar os
corações atribulados, para consolar todos os aflitos. Sermos rosto visível do coração bondoso e misericordioso de Deus é, assim, o essencial da nossa missão. E se tudo o que fizermos não conduzir para aqui, não cumprimos a nossa missão, por mais que esgotemos as nossas forças físicas e anímicas.
A grandeza da missão que nos está confiada desde a nossa Ordenação Sacerdotal enraíza, assim, na unção do Espírito Santo e na profunda identificação com Cristo, Sacerdote e Pastor do Seu Povo. Dar-lhe cumprimento na nossa existência quotidiana, pessoal e comunitária, encontra dificuldades, como todos nós experimentamos diariamente. Dificuldades que nos são impostas do exterior, umas; e outras que derivam também das limitações e fragilidades próprias de cada um de nós. Há, de facto, dificuldades que nos são impostas pelas circunstâncias da vida actual. E sentimos que se repete para nós o aviso do próprio Cristo aos seus discípulos, quando os enviou a pregar e lhes disse:
“Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos”. Estamos, de facto, num mundo, que olha para a Igreja com desconfiança e para os padres com mais desconfiança ainda. É um mundo fortemente crítico da Igreja e do nosso ministério no qual vigora a indiferença em relação a Deus, insensibilidade relativamente às realidades espirituais e mesmo a oposição declarada aos valores do Evangelho.
Para vivermos num mundo assim, nós padres temos de aprender a conviver com a indiferença e a incompreensão, com a oposição e a rejeição, com o desprezo e a ingratidão, com o insucesso e o fracasso, unicamente escudados na certeza da Fé e no exemplo do nosso mestre Jesus Cristo, onde se cruzaram também todas estas realidades e contradições.
Mas as dificuldades vêm também de nós mesmos, que somos limitados e em muitos pontos tocados pela fragilidade que é comum a todos os seres humanos. Por isso, temos também de aceitar e completar, com a cooperação dos outros, as nossas limitações e aprender a superar as nossas fraquezas tanto as de ordem física como as de ordem espiritual. Precisamos de uma saúde forte e completa, que envolva todas as dimensões do nosso ser humano; e temos de a cultivar com recurso aos meios, sendo o mais importante de todos eles a nossa espiritualidade sacerdotal. A nossa espiritualidade sacerdotal tem sempre a sua fonte e o seu ambiente no Presbitério e a única razão disso mesmo é porque o Senhor assim o quer. Daí que seja fundamental a relação de proximidade e verdadeira cooperação entre todos nós sacerdotes, sabendo que para isso é necessário que cada um de nós cresça todos os dias na capacidade de ajudar os outros e também de se deixar ajudar por eles.
Só com uma espiritualidade sacerdotal assim, devidamente enraizada e fortalecida na relação com o Senhor Ressuscitado e único Bom Pastor, os nossos compromissos de celibato podem ganhar toda a transparência e valor acrescentado para serviço do Reino de Deus. Só essa mesma espiritualidade
sacerdotal poderá dar sentido à obediência que prometemos na nossa Ordenação que tem de ser sempre compreendida como participação na obediência de Cristo à vontade do Pai que nos envia para anunciar o Evangelho da Salvação ao mundo de hoje. E também só desta relação forte com o Senhor Ressuscitado pode derivar aquela sabedoria que nos ensina a usar os bens materiais necessários sem em nada ficarmos depen¬dentes deles, dando assim cumprimento ao verdadeiro espírito de pobreza, que tem de marcar o nosso estilo de vida sacerdotal.
Ao contemplarmos, na Pessoa de Cristo Ressuscitado e único Bom Pastor, a grandeza do nosso Ministério e também os caminhos para superarmos as dificuldades que lhe são inerentes, queremos dar graças a Deus pelos sacerdotes do nosso Presbitério que completam, ao longo deste ano, os seus jubileus sacerdotais de 70, 60 e 50 anos de serviço à Igreja, no exercício do Ministério. [...]
Pela nossa parte, queremos dar-Lhe graças por todo o bem que foi e continua a ser feito pela acção pastoral que eles desenvolveram e continuam a desenvolver. E, assim, julgamos interpretar os mais genuínos sentimentos de todo o Povo de Deus e em particular do nosso Presbitério. Que Deus os continue a cumular das Suas graças e bênçãos, na certeza de que o nosso sacerdócio, sendo participação do mesmo sacerdócio de Cristo, é para sempre.
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda
A SANTÍSSIMA TRINDADE
Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho
e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se
houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser
menor que outro, pois não seria Deus.
A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três
Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é
aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo
que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em
675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância,
a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).
A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário”
(Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente
nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre
si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o
Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS
530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o
Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS
804).
A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não
dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside
unicamente nas relações que as referem umas às outras:
“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai,
o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as
relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS
675). “Tudo é uno [n'Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc.
Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro
no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo
inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro
no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).
Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o
Teólogo”, explicava:
“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e
combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar
todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito
Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na
água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa
vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os
Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza,
sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe [...]. A infinita
conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo
inteiro [...]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na
Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na
Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).
O primeiro Catecismo, chamado "Didaqué", do ano 90 dizia
"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra
água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma
ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).
São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um
Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o
Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).
Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: "Vós sois
as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo,
que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).
"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para
que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no
Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo
bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos
segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus
Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao
Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta
aos Magnésios 13,1-2).
São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano
Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja
água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de
todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que
recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia
61).
São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no
ano 156, declarou: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por
teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e
o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém"
(Martírio de Policarpo 14,1-3).
Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: "Igualmente os três dias que
precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu
Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico
15,3).
S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo
mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a
fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto
nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa
salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus
[...]" (Contra as Heresias I,10,1).
"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas
também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d'Ele antes de toda a
criação" (Contra as Heresias IV,20,4).
Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de
batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).
E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:
"Cremos [...] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai
como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por
quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo,
Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e
glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).
e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se
houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser
menor que outro, pois não seria Deus.
A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três
Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é
aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo
que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em
675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância,
a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).
A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário”
(Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente
nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre
si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o
Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS
530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o
Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS
804).
A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não
dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside
unicamente nas relações que as referem umas às outras:
“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai,
o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as
relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS
675). “Tudo é uno [n'Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc.
Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro
no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo
inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro
no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).
Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o
Teólogo”, explicava:
“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e
combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar
todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito
Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na
água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa
vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os
Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza,
sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe [...]. A infinita
conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo
inteiro [...]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na
Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na
Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).
O primeiro Catecismo, chamado "Didaqué", do ano 90 dizia
"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra
água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma
ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).
São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um
Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o
Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).
Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: "Vós sois
as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo,
que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).
"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para
que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no
Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo
bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos
segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus
Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao
Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta
aos Magnésios 13,1-2).
São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano
Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja
água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de
todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que
recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia
61).
São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no
ano 156, declarou: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por
teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e
o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém"
(Martírio de Policarpo 14,1-3).
Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: "Igualmente os três dias que
precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu
Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico
15,3).
S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo
mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a
fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto
nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa
salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus
[...]" (Contra as Heresias I,10,1).
"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas
também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d'Ele antes de toda a
criação" (Contra as Heresias IV,20,4).
Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de
batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).
E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:
"Cremos [...] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai
como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por
quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo,
Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e
glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).
Misericórdias:
Novo decreto vai regular relações com a hierarquia católica

Lisboa, 18 jun 2011 (Ecclesia)
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) acaba de
publicar um Decreto Geral Interpretativo (DGI) para as Misericórdias, que passa a regular as relações bilaterais a partir desta sexta-feira.
O documento surge após as “dúvidas surgidas” com a publicação de um Decreto Geral, em 2010, e procura colocar um ponto final a um diferendo sobre a relação entre as Misericórdias e a hierarquia católica, à luz do Código de Direito Canónico de 1983.
Na «Lúmen» - publicação do órgão oficial da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
– de março/abril, apresenta-se o DGI,“adaptado à realidade atual e aprovado por todos e cada um dos bispos diocesanos”.
Segundo o novo decreto, as Misericórdias assumem “a sua natureza de associações de fiéis
previstas no cânone 298 do Código de Direito Canónico”, nos termos dos artigos do DGI, que “consagram e orientam a especificidade e autonomia que a história lhes concedeu”.
Neste ponto, não se faz referência à definição destas associações como públicas (estatuto referido no decreto de 2010) ou privadas, questão que separou os responsáveis de várias Misericórdias da CEP.
Após um “debate profundo e transparente”sobre as relações entre Irmandades das Santas Casas da Misericórdia e os bispos, o segundo artigo DGI – referente aos órgãos sociais – refere que em relação ao processo eleitoral e em caso de “não homologação, deve o bispo diocesano, no prazo de oito dias, fundamentar, por escrito, perante o presidente da assembleia-geral as razões que entende curiais”
para a aprovação.
O DGI tem como objetivo “consagrar a eclesialidade, a história e a autonomia das misericórdias e como fundamento incrementar um maior espírito de unidade e cooperação eclesial em tempos conturbados da sociedade portuguesa”.
Os órgãos de administração das irmandades das misericórdias devem enviar, “anualmente”, ao bispo diocesano “o relatório e contas relativas ao exercício do ano anterior” e também “o programa de ação e orçamento para o ano seguinte”.
Em relação à administração dos bens que constituem o património das misericórdias, o documento – aprovado pelos bispos em maio deste ano – refere que a “alienação de ex-votos oferecidos às misericórdias ou coisas preciosas em razão da arte ou da história religiosa depende de licença
eclesiástica”.
Quando se tratar de bens afetos a atividades cultuais ou religiosas, “a sua oneração ou alienação depende de autorização prévia do bispo diocesano”.
Ao nível do enquadramento legal, as misericórdias são consideradas “pessoas jurídicas de direito canónico”, a que o Estado reconheceu “personalidade jurídica civil” e têm a sua relação com o Estado sob o enquadramento legal do “estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social e demais
legislação aplicável”.
Atualmente, a UMP integra e coordena aproximadamente cerca de 400 Santas Casas de Misericórdia, em Portugal, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, e apoia a fundação e recuperação de Misericórdias nos países de língua portuguesa (Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste) e ainda nas comunidades de emigrantes.
LFS/OC
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) acaba de
publicar um Decreto Geral Interpretativo (DGI) para as Misericórdias, que passa a regular as relações bilaterais a partir desta sexta-feira.
O documento surge após as “dúvidas surgidas” com a publicação de um Decreto Geral, em 2010, e procura colocar um ponto final a um diferendo sobre a relação entre as Misericórdias e a hierarquia católica, à luz do Código de Direito Canónico de 1983.
Na «Lúmen» - publicação do órgão oficial da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
– de março/abril, apresenta-se o DGI,“adaptado à realidade atual e aprovado por todos e cada um dos bispos diocesanos”.
Segundo o novo decreto, as Misericórdias assumem “a sua natureza de associações de fiéis
previstas no cânone 298 do Código de Direito Canónico”, nos termos dos artigos do DGI, que “consagram e orientam a especificidade e autonomia que a história lhes concedeu”.
Neste ponto, não se faz referência à definição destas associações como públicas (estatuto referido no decreto de 2010) ou privadas, questão que separou os responsáveis de várias Misericórdias da CEP.
Após um “debate profundo e transparente”sobre as relações entre Irmandades das Santas Casas da Misericórdia e os bispos, o segundo artigo DGI – referente aos órgãos sociais – refere que em relação ao processo eleitoral e em caso de “não homologação, deve o bispo diocesano, no prazo de oito dias, fundamentar, por escrito, perante o presidente da assembleia-geral as razões que entende curiais”
para a aprovação.
O DGI tem como objetivo “consagrar a eclesialidade, a história e a autonomia das misericórdias e como fundamento incrementar um maior espírito de unidade e cooperação eclesial em tempos conturbados da sociedade portuguesa”.
Os órgãos de administração das irmandades das misericórdias devem enviar, “anualmente”, ao bispo diocesano “o relatório e contas relativas ao exercício do ano anterior” e também “o programa de ação e orçamento para o ano seguinte”.
Em relação à administração dos bens que constituem o património das misericórdias, o documento – aprovado pelos bispos em maio deste ano – refere que a “alienação de ex-votos oferecidos às misericórdias ou coisas preciosas em razão da arte ou da história religiosa depende de licença
eclesiástica”.
Quando se tratar de bens afetos a atividades cultuais ou religiosas, “a sua oneração ou alienação depende de autorização prévia do bispo diocesano”.
Ao nível do enquadramento legal, as misericórdias são consideradas “pessoas jurídicas de direito canónico”, a que o Estado reconheceu “personalidade jurídica civil” e têm a sua relação com o Estado sob o enquadramento legal do “estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social e demais
legislação aplicável”.
Atualmente, a UMP integra e coordena aproximadamente cerca de 400 Santas Casas de Misericórdia, em Portugal, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, e apoia a fundação e recuperação de Misericórdias nos países de língua portuguesa (Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste) e ainda nas comunidades de emigrantes.
LFS/OC
A PÁSCOA

Foi instituída na noite que precedeu o êxodo do Egito. A primeira foi celebrada por
volta da época da lua cheia, no dia 14 do mês de Abril ( mais tarde chamado nisã) , do ano de 1513 AC. Em seguida deveria ser celebrada a cada ano. O mês abibe cai em Março/Abril, segundo o calendário gregoriano. A Páscoa era seguida
de 7 dias de festividades dos pães não fermen-tados, de 15 a 21 de nisã. A festividade comemora a libertação dos israelitas do Egito. Quanto á época do ano, cai no início da colheita da cevada. Os israelitas mediam o seu dia de um por do Sol a outro. Assim a Páscoa começava ao por do Sol. No fim do dia 13 de
abibe, o animal deveria ser morto entre as 2 noites. Com certeza pela tradição judaica, a refeição pascal era realizada a noite. Após Israel se ter fixado na terra prometida, foram feitas diversas mudanças e acréscimos. O vinho foi introduzido posteriormente , mas não condenado por Jesus que o bebeu junto com seus apóstolos. Durante a refeição era comum cantarem os salmos 113 a 118. Um deles provavelmente foi cantado por Jesus e seus apóstolos na santa ceia. Grandes preparativos eram realizados em Jerusalém. Homens eram enviados com 1 mês de antecedência para prepararem pontes e colocarem as estradas em boas condições para a conveniência dos peregrinos, já que o contacto com um cadáver
tornava uma pessoa impura. Precauções especiais eram tomadas. Em analogia com a Páscoa hebraica, os cristãos ungidos seriam a congregação dos primogénitos e Cristo seu libertador mediante o seu sangue. A Páscoa comemorada pelos judeus nada mais era que algo que a lei provia, uma sombra das coisas vindouras e apontava para Jesus Cristo como o " cordeiro de Deus".
volta da época da lua cheia, no dia 14 do mês de Abril ( mais tarde chamado nisã) , do ano de 1513 AC. Em seguida deveria ser celebrada a cada ano. O mês abibe cai em Março/Abril, segundo o calendário gregoriano. A Páscoa era seguida
de 7 dias de festividades dos pães não fermen-tados, de 15 a 21 de nisã. A festividade comemora a libertação dos israelitas do Egito. Quanto á época do ano, cai no início da colheita da cevada. Os israelitas mediam o seu dia de um por do Sol a outro. Assim a Páscoa começava ao por do Sol. No fim do dia 13 de
abibe, o animal deveria ser morto entre as 2 noites. Com certeza pela tradição judaica, a refeição pascal era realizada a noite. Após Israel se ter fixado na terra prometida, foram feitas diversas mudanças e acréscimos. O vinho foi introduzido posteriormente , mas não condenado por Jesus que o bebeu junto com seus apóstolos. Durante a refeição era comum cantarem os salmos 113 a 118. Um deles provavelmente foi cantado por Jesus e seus apóstolos na santa ceia. Grandes preparativos eram realizados em Jerusalém. Homens eram enviados com 1 mês de antecedência para prepararem pontes e colocarem as estradas em boas condições para a conveniência dos peregrinos, já que o contacto com um cadáver
tornava uma pessoa impura. Precauções especiais eram tomadas. Em analogia com a Páscoa hebraica, os cristãos ungidos seriam a congregação dos primogénitos e Cristo seu libertador mediante o seu sangue. A Páscoa comemorada pelos judeus nada mais era que algo que a lei provia, uma sombra das coisas vindouras e apontava para Jesus Cristo como o " cordeiro de Deus".
Páscoa: Igreja é mais do que uma associação
para as «necessidades religiosas» dos homens

Cidade do Vaticano, 23 abr 2011 (Ecclesia)– Bento XVI presidiu hoje no Vaticano à celebração da Vigília Pascal, que assinala a ressurreição de Cristo, afirmando que a Igreja “não é uma associação qualquer que se ocupa das necessidades religiosas dos homens”.
Numa celebração marcada por vários gestos simbólicos, como uma procissão iniciada na escuridão em que se vão, progressivamente, acendendo luzes e velas, o Papa disse aos fiéis presentes que“a vida na fé da Igreja não abrange somente o âmbito de sensações e sentimentos e porventura de obrigações morais”.
“Não, a Igreja leva o homem ao contacto com Deus e, consequentemente, com o princípio de tudo. Por isso, Deus tem a ver connosco como Criador, e por isso possuímos uma responsabilidade pela criação”,precisou.
Como fizera em anos anteriores durante a Semana Santa, Bento XVI concentrou parte da sua homilia na ideia de que o universo e os seres humanos não são fruto do acaso.“Na origem de todas as coisas, não está o que é sem razão, sem liberdade; pelo
contrário, o princípio de todas as coisas é a razão criadora, é o amor, é a liberdade”, indicou.
“Encontramo-nos aqui perante a alternativa última que está em jogo na disputa entre fé e incredulidade: o princípio de tudo é a irracionalidade, a falta de liberdade e o acaso, ou então o princípio do ser é razão, liberdade, amor?”, questionou ainda.
Para Bento XVI, “se o homem fosse apenas um tal produto casual da evolução num lugar marginal qualquer do universo, então a sua vida seria sem sentido ou mesmo um azar da natureza”.
O Papa comentou os relatos bíblicos da criação do universo, precisando que os mesmos – contidos no livro do Génesis –não querem ser “uma informação sobre a realização exterior da transformação do universo e do homem”.
“Bem cientes disto estavam os Padres da Igreja, que entenderam este relato não como narração real das origens das coisas, mas como apelo ao essencial, ao verdadeiro princípio e ao fim do nosso ser”, frisou.
Bento XVI apresentou ainda uma reflexão sobre a ressurreição de Jesus e a mudança do dia de celebração, na comunidade cristã primitiva, do sábado para o domingo: “Este processo inovador, que se deu logo ao início do desenvolvimento da Igreja, só se pode explicar com o facto de ter sucedido algo de inaudito em tal dia.” “O mundo tinha mudado. Aquele que estivera morto goza agora de um vida que já não está ameaçada por morte alguma. Fora inaugurada uma nova forma de vida, uma nova dimensão da criação”, disse.
A Igreja, acrescentou o Papa, celebra “o primeiro dia”, lembrando “Deus, o Criador, e a sua criação”.“E celebramos o Deus que Se fez homem, padeceu, morreu, foi sepultado e ressuscitou. Celebramos a vitória definitiva do Criador e da sua criação”, afirmou ainda.
A Vigília Pascal é a celebração mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica, dando início ao tempo da Páscoa, que se prolonga durante 50
dias.
Numa celebração marcada por vários gestos simbólicos, como uma procissão iniciada na escuridão em que se vão, progressivamente, acendendo luzes e velas, o Papa disse aos fiéis presentes que“a vida na fé da Igreja não abrange somente o âmbito de sensações e sentimentos e porventura de obrigações morais”.
“Não, a Igreja leva o homem ao contacto com Deus e, consequentemente, com o princípio de tudo. Por isso, Deus tem a ver connosco como Criador, e por isso possuímos uma responsabilidade pela criação”,precisou.
Como fizera em anos anteriores durante a Semana Santa, Bento XVI concentrou parte da sua homilia na ideia de que o universo e os seres humanos não são fruto do acaso.“Na origem de todas as coisas, não está o que é sem razão, sem liberdade; pelo
contrário, o princípio de todas as coisas é a razão criadora, é o amor, é a liberdade”, indicou.
“Encontramo-nos aqui perante a alternativa última que está em jogo na disputa entre fé e incredulidade: o princípio de tudo é a irracionalidade, a falta de liberdade e o acaso, ou então o princípio do ser é razão, liberdade, amor?”, questionou ainda.
Para Bento XVI, “se o homem fosse apenas um tal produto casual da evolução num lugar marginal qualquer do universo, então a sua vida seria sem sentido ou mesmo um azar da natureza”.
O Papa comentou os relatos bíblicos da criação do universo, precisando que os mesmos – contidos no livro do Génesis –não querem ser “uma informação sobre a realização exterior da transformação do universo e do homem”.
“Bem cientes disto estavam os Padres da Igreja, que entenderam este relato não como narração real das origens das coisas, mas como apelo ao essencial, ao verdadeiro princípio e ao fim do nosso ser”, frisou.
Bento XVI apresentou ainda uma reflexão sobre a ressurreição de Jesus e a mudança do dia de celebração, na comunidade cristã primitiva, do sábado para o domingo: “Este processo inovador, que se deu logo ao início do desenvolvimento da Igreja, só se pode explicar com o facto de ter sucedido algo de inaudito em tal dia.” “O mundo tinha mudado. Aquele que estivera morto goza agora de um vida que já não está ameaçada por morte alguma. Fora inaugurada uma nova forma de vida, uma nova dimensão da criação”, disse.
A Igreja, acrescentou o Papa, celebra “o primeiro dia”, lembrando “Deus, o Criador, e a sua criação”.“E celebramos o Deus que Se fez homem, padeceu, morreu, foi sepultado e ressuscitou. Celebramos a vitória definitiva do Criador e da sua criação”, afirmou ainda.
A Vigília Pascal é a celebração mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica, dando início ao tempo da Páscoa, que se prolonga durante 50
dias.